Relação abusiva e relacionamento destrutivo! Como identificar?
Relacionamentos abusivos são movidos por insegurança, medo uma expectativa de inconsistência, tanto real quanto percebida. Tanto o abusador quanto o abusado são inseguros, o que pode ser uma novidade para muitos. E essa linha tênue, essas sutis diferenças, complicações em relações abusivas, é que precisam ser compreendidas em detalhes pelos envolvidos na relação e ao redor da relação.
Relacionamentos destrutivos: a psicologia da insegurança
Um abusador é morbidamente inseguro. Ele ou ela tem pouco sentido de seu próprio valor social e faz um esforço para mostrar seu valor valor através de dominação e controle. O medo que alimenta e a insegurança tem duas frentes: o medo de não ser amável, e o medo de parecer fraco. O paradoxo aqui é que o agressor é, de fato, fraco, e é por isso que ele ou ela comete abusos: para manter um senso de controle.
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A vítima também é morbidamente inseguro e por razões surpreendentemente semelhantes. Ele ou ela também tem pouco conhecimento de seu próprio valor social, mas faz um esforço para estabelecer esse valor para não se perder para a demanda da submissão. O medo que alimenta essa insegurança é também sobre não ser amável ou amar, e há uma disposição para aceitar a inconsistência de atenção do agressor por uma questão de ser amado.
Relação abusiva: a dinâmica do relacionamento
A necessidade patológica de controle por parte do abusador e a necessidade patológica de atenção por parte da vítima é um jogo doentio. Mitos podem ser envolvidos nos hábitos nem um pouco saudáveis do casal que está em um relacionamento não saudável. O problema é que não há uma fórmula sobre como essa dinâmica vai acontecer. Não há sempre sinais de abuso físico. O abuso psicológico, social, emocional, sexual, financeiro, nem sempre é possível ser visualizado e detectado.
O abuso social, por exemplo. Uma namorada que te elogia em um minuto e no minuto seguinte te faz questionar se o namoro vai se manter no dia seguinte? Ou quando o casal planeja de fazer algo juntos, a outra pessoa desiste ou começa a fazer um plano completamente diferente, geralmente envolvendo uma atividade que você não gosta e ela sabe disso. É um jogo de poder, em que o abusador está brincando com as emoções para confirmar o próprio poder sobre o abusado. Jogos semelhantes acontecem em todas as áreas da vida, e a gravidade só vai aumentando.
A vítima, por outro lado, tende a ser uma anoréxica emocional. Morrendo de fome, se permite ficar faminta e, em seguida, se empanturra resultando em um sentimento de culpa. Por causa de um sentimento de não merecer o que ele ou ela tem recebido, a pessoa entra em um estado de espírito que impulsiona sua carência: precisando, recebendo, não recebendo, necessitando, em um ciclo inconstante.
Às vezes, para a vítima, há também uma sensação de familiaridade e conforto em um relacionamento abusivo, a razão pela qual as vítimas muitas vezes vão voltar a um relacionamento abusivo ou, deixando um para inconscientemente procurar outro.
https://youtu.be/QbU4N8uCwXQ
Como identificar um relacionamento abusivo?
Relacionamentos abusivos são complicados e, assim como um peixe não sabe que ele está molhado, muitas vezes tanto as pessoas envolvidas no relacionamento quando as pessoas ao redor terão dificuldades em identificar os marcadores sutis de abuso no relacionamento. Para quem está na relação, o relacionamento preenche às necessidades do casal e, enquanto as necessidades estão sendo atendidas, as pessoas não tem necessariamente uma obrigação para mudar a situação em que estão. Principalmente no caso de homens, haverá mais dificuldade em identificar se eles estão em um relacionamento abusivo porque eles tendem a não comentar nada sobre suas relações.
Não vai adiantar muito para os familiares e amigos envolvidos com o casal ficar falando sobre, tentando mudar o comportamento do casal. Não é algo que muda da noite para o dia, e a insistência pode ainda adicionar o elemento da paranoia ao relacionamento, e dar ao abusador uma cartada na relação (se você não se afastar dos seus amigos, vamos terminar).
A identificação, notadamente, vem através de perguntas, questionamentos, conversas. As perguntas básicas que você deve se fazer ou fazer para alguém que você acha que está em um relacionamento abusivo: você está feliz? Você pode ser você mesmo na relação, sem desagradar ao outro? A outra pessoa ou você mesmo é muito inconstante na relação? Você chora muito por causa do relacionamento? Já se sentiu chantageado emocionalmente na relação? Com essas perguntas, não há uma sensação de que a intimidade do casal está sendo invadida, e é menos provável que haja m jogo de poder envolvendo pessoas de fora do relacionamento.
Recomendamos sempre que um psicólogo seja consultado, sendo essa pessoa a melhor para uma conversa sobre relacionamentos abusivos,e o tratamento para sair desse ciclo. Mas essas perguntas podem ser um bom ponto inicial, para ajudar na identificação dos possíveis padrões e indicadores de um relacionamento abusivo e destrutivo.
Você já esteve em um relacionamento abusivo? O que te fez perceber que estava em um relacionamento abusivo? Como fez para sair desse relacionamento?
Sobre o autor
André é formado em pedagogia empresarial e instrutor de Muay Thai e Kickboxing. Vaidoso, começou a se interessar por moda e estética ainda na adolescência, quando teve que perder peso para sair da obesidade. Quando foi morar sozinho, teve de aprender a lidar melhor com sua alimentação e mudar seus hábitos e rotina. Escreve sobre a rotina e hábitos masculinos desde 2012.
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